quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Highlander: O Guerreiro Imortal (Highlander, 1986)

Highlander: O Guerreiro Imortal é um filme de Russell Mulcahy baseado no roteiro escrito por Gregory Widen quando este ainda estudava na UCLA. A história, passada em 1985, se concentra em Connor MacLeod (Christopher Lambert, bem canastrão), um dos últimos Imortais da Terra, durante o clímax da batalha de séculos entre guerreiros Imortais. No fim, só pode haver um.


Diferente do que muitas pessoas pensam, ao menos no Brasil, um highlander não é um Imortal, como muitos se referem em piadinhas nas quais ninguém se machuca ou morre. Trata-se de uma pessoa oriunda das Terras Altas, ou seja, Highlands, a zona montanhosa do norte da Escócia. É o caso de MacLeod e seu clã de mesmo nome.

Highlander intercala passado e presente. Nos flashbacks, aprendemos sobre as origens de Connor quando este ainda era membro do clã MacLeod, como ele foi expulso do mesmo acusado de bruxaria por ter sobrevivido a um ferimento fatal, como conheceu seu primeiro amor, Heather (Beatie Edney) e como aprendeu a arte da luta com espadas com seu mentor, o também Imortal Ramírez (Sean Connery). Também somos apresentados ao vilão do filme, o Kurgan (Clancy Brown, em interpretação icônica), um sádico mercenário Imortal obcecado por matar Connor desde o primeiro encontro de ambos.

Já em 1985, os últimos Imortais duelam. A única forma de matá-los é os decapitando, o que obviamente chama a atenção da Polícia, especialmente Brenda Wyatt (Roxanne Hart), uma especialista em espadas antigas que se convence de que Connor – agora dono de uma loja de antiguidades – possa ter algum tipo de envolvimento com as cabeças decepadas. Ela acaba se apaixonando por ele. Ao mesmo tempo, o Kurgan chega à Nova York e começa sua busca por MacLeod, a fim de ser o último Imortal e ganhar o Prêmio que, para ele, significa tornar-se o mais poderoso ser da Terra. Para MacLeod, uma chance de tornar-se mortal e poder constituir uma família.

As cenas do passado de Connor MacLeod são os melhores momentos do filme, especialmente o treinamento com Ramírez, o hilário duelo com um Conde em 1783 e quando Connor conhece a garotinha Rachel durante a Segunda Guerra. Entretanto, o mesmo não pode ser dito das cenas passadas em 1985, que apresentam uma trama pouco interessante e até mesmo fraca, sendo que os únicos bons momentos são as cenas em que o Kurgan aparece.

A produção é bem datada. A qualidade do áudio não é das melhores e dificilmente se entende o que os personagens falam em certos momentos sem ter que aumentar bastante o volume. Os efeitos também são limitados devido à época e o orçamento mais modesto. Um dos melhores pontos a ser mencionados é o uso de diversas músicas do Queen em momentos pontuais da projeção. Who Wants to Live Forever é uma bela balada que serve como tema romântico, enquanto a pesada Princes of the Universe é o hino dos Imortais – seu videoclipe, inclusive, contém cenas do filme e um breve duelo entre o microfone de Freddie Mercury e a katana de MacLeod.

Highlander: O Guerreiro Imortal não foi planejado para ter continuações. O que acompanhamos aqui realmente deveria ter sido o desfecho dos Imortais, mas o oportunismo reinou e outras continuações acabaram saindo, as quais eu não vi (exceto Highlander III, mas há tanto tempo que não me lembro de quase nada, apenas de que se tratava de uma cópia bem inferior do primeiro). Tudo o que sei é que são filmes ruins seguidos de outros piores.

Nota: ***

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